Uma coisa bem singular é a minha imaginação excitar-se tanto mais agradavelmente quanto menos agradável é a situação em que me encontro, e, ao contrário, ser menos risonha quando tudo ri à minha volta. Se quero pintar a Primavera, necessito de estar no Inverno; se quero descrever uma paisagem, preciso de estar cercado de muros." Jean-Jacques Rousseau

sexta-feira, outubro 24, 2008

[Quando a realidade nos ultrapassa de forma estrondosa] # 21

Grande Entrevista - Diodo Freitas do Amaral

DFA - Recebi um telegrama confidencial da Scotland Yard a dizer que pessoas no hangar tinham visto Lee Rodrigues na zona dos pequenos aviões.
[Foi mais ou menos assim: Epá, olha ali o Lee Rodrigues pá, ganda manganão, liga aí para a Scot...]

Judite - E porque só agora fala disso publicamente?
DFA - Porque só agora tive tempo de acabar o livro.

(Mais à frente)
DFA - Fui ingénuo em pensar que o telegrama seria entregue. Não está no processo, não está na PJ, não está em lado nenhum.
DFA - Ficou combinado entre mim e o ministro da Justiça que aquele telegrama seria a base das investigações (!!)

Não sei que tipo de jornalismo é o da Judite Sousa que ouviu tudo isto mais ou menos placidamente e deixou de lhe perguntar qual a relação de Freitas com José Esteves.
Para quem não se lembrar, José Esteves (hoje o bruxo Sou Zé) no dia em que o crime prescreveu assumiu que fora ele quem fabricara o engenho explosivo colocado no Cessna. José Esteves foi tão só motorista e segurança de Diodo Freitas do Amaral durante anos.
E a dissolução da AR que tanto jeito deu à extinção da investigação.
Coincidências?