Ontem ia tendo um dia perfeito

O meu pai passou o dia comigo, fomos almoçar uns filetes de peixe galo deliciosos, uma açorda estupenda e um Loureiro verdinho, mais fresco que azoto líquido. Matámos saudades de andar de cacilheiro, tirei uma fotografia de meio do Tejo em mangas de camisa para mandar um MMS ao meu amor para lhe dizer que sim, a Primavera já chegou. Sem ele saber, comprei um postal para o dia do Pai (ao qual não ligo nada mas que se lixe) que trouxe uma caneta/oferta para a minha princesinha. Como adora atacar folhas de papel com caneta em punho, ficou radiante quando lha dei.
Depois de jantar peguei no computador e fui escutar uns telefonemas daqueles manhosos, que há na net, para pôr aqui no blog. Normalmente é uma altura feliz do dia, vamos partilhando os phones e choramos a rir enquanto a piolhinha se debate com a chucha a ver se dorme, ora ao colo de um ora do outro.
Mas ontem não, ontem não correu bem. Aparece-me um telefonema já meio parvo, que metia um aborto, etc, mas nada de especialmente estranho. Já no fim, fiquei completamente chocado com o que ouvi de um dos intervenientes. Não vou detalhar agora porque assim que me passar esta sensação de nojo, ponho aqui o áudio disso, para que se comprove que Portugal está cheio de pessoas aparentemente normais mas que na verdade são doentes mentais profundos.
Assim estraguei o dia, assim vou desanuviar isto por uns tempos e começar a soltar os cavalos lá, no mesmo cantinho dos telefonemas, mas com coisas de que gosto, que vem aí o bom tempo. Começa com um bálsamo dos idos de 1969.
A frase é velha mas boa: Portugal tem o grave problema de estar cheio de portugueses. Foda-se, se está.